Labirintos
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Quando somos crianças. Quando andamos na escola primária. Quando queremos saber todos os porquês. Quando brincámos com carrinhos e bonecas. Quando achamos que o estado adulto é uma coisa que está muito longe. Brincámos aos labirintos. Lembro-me de na escola primária alguns manuais terem labirintos didácticos. Ensinam-nos a gostar de labirintos. E conseguem. A maior parte das crianças gostam de labirintos. É um desafio encontrar o caminho correcto. O caminho certo. Depois de muito pensar sobre o assunto, concluí que não acho bem. Sou contra. Para quê induzir as crianças que há um caminho certo? Para depois, quando deixarem de ser crianças concluírem, com desânimo e tristeza, que afinal não há um caminho correcto? Que os caminhos da vida cruzam-se, entrecruzam-se, voltam a cruzar-se e de novo a descruzar-se?
Penso que seria mais didáctico ensinar que no labirinto da vida devemos escolher caminhos tendo sempre consciência que todos eles são temporários e não levam a lado nenhum. Ou, por vezes, levam a outros caminhos. Também errados. Ou, por vezes certos. Temporariamente.
MC
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Quando somos crianças. Quando andamos na escola primária. Quando queremos saber todos os porquês. Quando brincámos com carrinhos e bonecas. Quando achamos que o estado adulto é uma coisa que está muito longe. Brincámos aos labirintos. Lembro-me de na escola primária alguns manuais terem labirintos didácticos. Ensinam-nos a gostar de labirintos. E conseguem. A maior parte das crianças gostam de labirintos. É um desafio encontrar o caminho correcto. O caminho certo. Depois de muito pensar sobre o assunto, concluí que não acho bem. Sou contra. Para quê induzir as crianças que há um caminho certo? Para depois, quando deixarem de ser crianças concluírem, com desânimo e tristeza, que afinal não há um caminho correcto? Que os caminhos da vida cruzam-se, entrecruzam-se, voltam a cruzar-se e de novo a descruzar-se?
Penso que seria mais didáctico ensinar que no labirinto da vida devemos escolher caminhos tendo sempre consciência que todos eles são temporários e não levam a lado nenhum. Ou, por vezes, levam a outros caminhos. Também errados. Ou, por vezes certos. Temporariamente.
MC
8 Comments:
Mas tu queres massacrar as crianças?
Reformulando uma das tuas perguntas: Para quê induzir nas crianças que NÃO há um caminho certo?
Elas têm tempo para lidar com a desilusão. Têm tempo para perceber que no labirinto da vida apenas se pode andar em frente e nunca para trás, mesmo que chegues a um ponto onde nenhum dos troços à tua frente te agrade. Têm tempo para terem a assustadora noção de que cada instante que passa não se repete. Têm tempo para isso... Para ficarem "agarrados" ao fluxo do Tempo, onde tudo é temporário e mutável (voltamos à velha discussão do "nada é eterno" ;) ).
Deixa as crianças viver na ilusão! Enquanto forem capazes!
(a menina dentro de mim, contente, bate palmas, embora não tenha percebido nada do que escrevi)
Eu por mim acho que só há um caminho: deixar de fazer crianças. Para quê criar seres que, mais tarde ou mais cedo, terão de confrontar-se com a desilusão?
já tenho a tua encomenda aqui no meu pc!
um abraço.
j.
ritairps:
Não. Não quero massacrar criancinhas. O labirinto é (foi) uma metáfora. Um flash cerebral. Um curto-circuito entre 2 neurónios meus que se zangaram. Não sei bem explicar a razão. Talvez os capilares sanguíneos que irrigam o meu tecido cerebral tenham sido invadidos por um fluxo de sangue temporalmente desfasado da realidade. Ou da fantasia. No entanto, viver permanentemente na ilusão também não é nada positivo. Mais tarde ou mais cedo a ilusão desfaz-se em pedaços de tempo profundamente desiludidos e desoladores. Quanto à mutabilidade do tempo parece que estamos de acordo. Seja lá o que isso for. A mutabilidade do tempo. Parafraseando Mafalda Veiga, “É tão duro aprender que na vida nada se repete, nada se promete...”
PS: Quem ler a tua última frase pensa que estás grávida :)))))))))))))
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JCG:
Deixar de fazer criancinhas??? Isso implica fabricar mais contraceptivos ou estás também a sugerir parar de foder? :))
Isso não parece teu...:))
Será que isso são ideias do Bloco?
:)))))))
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Enxofre:
Obrigado. Se conseguires envia-me por mail. Se não der, já sabes que apareço no Messenger por volta das 21h. Abraço.
"talvez os capilares sanguíneos que irrigam o meu tecido cerebral tenham sido invadidos por um fluxo de sangue temporalmente desfasado da realidade".
Aiii! Isso dói?
;)
resposta ao PS:
Tu sabes do que eu estou a falar. Da menina que toma conta da cabra
:))))))))
(agora é que foi!)
Mais contraceptivos ou mais esterelizações, tanto faz. O importante é foder sem procriar.
ritairps:
Sim, doi um bocadito, depende do comprimento do desfasamento da realidade. Ou da realidade do desfasamento do comprimento dos fluxos :)
Tu tens uma cabra a tomar conta de uma menina???
A cabra educa a menina?
Assim, a menina, quando for grande vai ser uma ...
:)))))))))))))))))
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JCG
Uiii
Tu defendes as esterilizações?
Essa merda deve doer pra caralho!
Mas se defendes isso podias começar por esterelizar-te a ti próprio...
:)))))
eu que vim aqui só ver a bola fui apanhada no tiroteio!
deixar de fazer crianças? mas onde está o senso deste senhor? viva o sexo amiguinho. podemos sempre interpretar estes textos como metáforas, não?
essa da cabra criança tem muito que se lhe diga...ora vejamos um exemplo ou façamos um "suponhamos":
se deixarem de se fazer crianças o mundo vai ser cheio de adultos. os adultos podem ser crianças e cabrões ou cabras, certo? isto tudo ao mesmo tempo. logo haverá sempre crianças e cabras e cabrões e adultos no mundo! hmmmm..vou para casa pensar neste assunto :P
raquel
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